- Francis está morto. – disse a mulher um pouco séria.
Minhas pernas tremeram e eu perdi o equilíbrio. Eu já sabia, mas ouvir de alguém era diferente de pensar.
Harry que estava ao meu lado me segurou e fez com que eu sentasse no sofá.
- Calma. – ele disse ainda me segurando.
- Francis não está morto. – sussurrei não acreditando no que eu acabara de ouvir.
- Precisamos fazer algumas perguntas. – disse o homem.
Naquele momento eu já não conseguia mais entender nem ao menos os meus pensamentos. Em minha mente eu via a imagem dele. Do lindo sorriso. Ele estava desaparecido há quatros semanas e eu ainda tinha esperança de encontrá-lo vivo. Eu sentia isso. Harry e Francis eram irmãos gêmeos. Harry deveria ter sentido alguma coisa. Ou sentiu e me escondeu.
Francis era um grande amigo, mas eu sempre achei que o amava mais que isso. O problema era que eu nunca havia contado a ele. E eu estava arrependida de ter feito isso.
- Como ele morreu? – perguntei depois de ter respirado, mas ainda nervosa. – Onde o encontraram?
- Não acho que seria bom você saber. – respondeu o homem. – Acho que teremos que voltar outra hora. Explicaremos quando estiver mais calma.
Um mês depois...
Depois de terem liberado o corpo dele, foi feito o enterro. Era a primeira vez que eu estava indo a um enterro e me entristecia saber que era logo ele que estava sendo enterrado. Mamãe pediu para que eu não fosse, mas era ele que estava ali e eu queria dar um último adeus a ele.
Não tinha muitas pessoas. Apenas familiares e alguns amigos. Só cheguei perto do túmulo quando as pessoas saíram.
- Sinto muito. Eu já sabia. Não queria te dizer sem ter certeza. - disse Harry se aproximando.
Eu já imaginava e entedia o porquê dele não ter me dito nada. Eu teria a mesma reação e talvez eu ficasse ainda mais esperançosa e incontrolável. Isso seria ruim para mim.
- Ainda não sei como isso aconteceu. – depois que os policiais voltaram para fazer todas aquelas perguntas, mamãe não quis deixar que eles me dissessem.
- Acho que deve saber. – houve uma pausa. – Ele foi encontrado... Em pedaços, em lugares diferentes do quarto dele. É forte, eu sei. Mas o que temos a fazer é superar e esperar que encontrem o culpado.
Me assustei tentando imaginar a cena. Era terrível. Ele era uma boa pessoa e não merecia acabar desse jeito.
- Ele te amava. – disse Harry depois de algum tempo em silêncio.
Se eu soubesse antes ou ao menos tivesse coragem de falar, poderíamos ter ficado juntos nem que fosse por pouco tempo. Comecei a me sentir uma droga. Culpada pelo meu próprio sofrimento. Eu o amava e não conseguiria viver sem ele uma vez que minha felicidade dependia dele.
Um amigo muito bom, quase que um irmão protetor. Ele sabia o que acontecia comigo e eu não precisar dizer a ele. Um abraço e horas debaixo de um cobertor comendo batatas fritas. Era assim que eu me lembrava dele.
A amizade é um amor que nunca morre, então mesmo que ele não esteja aqui em corpo eu poderei senti-lo em minha memória. Eu poderei me lembrá-lo de qualquer forma quando eu quisesse e talvez isso pudesse me fazer sentir melhor.
Eu queria me lembrar dele sempre. Harry era muito parecido com ele, e ele com certeza me ajudaria nisso.
Dei um abraço forte em Harry e ele retribuiu.
- Eu vou cuidar de você. – ele disse com um sorriso no rosto despertando um pouco de felicidade em mim.
Once Upon a Time – 53°Edição ( frase )
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