17 de junho de 2011

A melhor parte da Viajem


Primeiro, eu entro na escuridão
Fico um tempo por lá sem enxergar
Só escutando a voz do coração
Depois quando eu saio eu vejo o mar
E sinto o vento gelado me congelar
O vento é tão bom que prefiro ficar por ali
E a paisagem é tão linda que me hipnotiza
As ondas quebrando nas rochas,
O Sol se pondo no mar
Mas aquela paisagem vai aos poucos desaparecendo
E eu vou me entristecendo
E ao mesmo tempo vou me alegrando
Pois no dia seguinte eu volto
E passo outra vez por lá.


(Duas horas num onibus dá muita inspiração, quando passarem pela praia de São Conrado e chegarem no túnel, aproveitem o momento e a brisa do mar. É único e a melhor parte da sua viajem.)

30 de maio de 2011

Como se sentir bem no seu pior dia

Tem sempre aquele dia em que você acorda se odiando, se achando uma droga e a pior coisa que já existiu no mundo. Pra você, não adianta sorrir ou fingir que está alegre porque por dentro você está totalmente diferente. Estou certa? Isso acontece com a maioria das pessoas e o pior é que você acha que vai sempre assim. Então, o que fazer?

Vamos começar do jeito óbvio: Acordando. Não importa pra onde você vai. Acorde sorrindo, levante sorrindo e caminhe até o espelho. Olhe para si mesma e diga: Hoje o dia vai ser o melhor de todos! Mas, diga isso com animação e boa vontade. Diga confiante. Acredite nisso.
Próximo passo é manter o sorriso durante o dia. Não se preocupe se seu cabelo está ruim ou se você está sem maquiagem. Não ligue para essas coisas. Faça o que quiser sem se preocupar com o que as pessoas vão dizer.
Se os problemas aparecerem, continue sorrindo. Deixe eles de lado ou tente resolvê-los. Mas, enquanto estiver resolvendo seus problemas você perceber que não está dando certo, pare! Você não merece isso. Respire fundo. De novo e de novo. Se sente melhor agora?
Para algumas pessoas, isso não é o bastante. Tem gente que, por mais que tente, não consegue. Por que será hein? Há vários motivos. Dentre eles, estar presa dentro de seu corpo. Precisa se soltar, deixar sair, pôr para fora e blá. Isso você já sabe, certo? Já ouviu falar que tudo que entra um dia terá de sair? É isso mesmo. Se você guarda seus sentimento pra si mesma, isso tudo vai se acumulando no seu coração até ficar cheio. Quando não houver mais lugar para sentimento algum, seu coração vai explodir e eu não quero estar por perto quando isso acontecer (rs). Então, para que isso não aconteça, você precisa se expressar.
Para que seu dia seja o melhor de todos, você precisa estar bem consigo mesma. Precisa estar pura e totalmente relaxada. Só assim, você conseguirá. Quem acha que não consegue, não desista! Continue tentando. Com o tempo você perceberá que está dando certo. Para conseguir só precisa de esforço e força de vontade. Tente.

15 de abril de 2011

Do lado de fora.

Como sempre, andei alguns metro, entrei num ônibus e sentei-me na janela no mesmo lugar. Eram 9h30min e eu estava lá, indo para casa descansar depois de aguentar algumas horas de tortura. Abri ainda mais a janela e o ônibus começou a andar. O vento estava fraco e desejei que ele ficasse mais forte, mas nada aconteceu. O Sol estava lá em cima, mas parecia que estava bem em cima de minha cabeça.
Com o passar das horas, fui percebendo algo de diferente. O lado de fora do ônibus parecia ser outro mundo. As pessoas viviam sorrindo, algumas se abraçando, se despedindo ou até mesmo brigando. Em certos pontos podia-se ver a alegria das pessoas em contato com outras. Os corpos se balançando em um ritmo desconhecido. Era assim que vivia os habitantes desse mundo.
Eu? Eu era só a espectadora; vendo tudo o que se passava lá fora. Estudando, observando... Não sei bem o que era, mas é por aí.
Com o passar do tempo, as pessoas que estavam dentro do onibus foram chegando aos seus destinos. Descem do onibus e partem para o tal "novo mundo". Lá eles fazem o mesmo: sorri, se abraça, se despede ou briga. Parece uma televisão enorme onde você vê a vida de cada um.
Mas, então, isso me faz querer estar lá. Viver esse "mundo" como todos estão vivendo. Mas, será que seria legal? E se eu decidir sair do onibus e me juntar a eles? Se eu me arrepender, será que tem como voltar ou o onibus já terá ido para o seu "ponto final"? Enfim, não sei se saio, não sei se fico. É preciso analisar.
Meu destino chega. Eu saio do onibus e começo a andar, mas desejo voltar e ficar mais um pouco, até porque eu vi o mar e senti seu cheiro. Respiro... Amanhã eu volto e começo tudo de novo. Ou será mais um capítulo da novela de cada um lá fora?

Existe ou não existe?

- Você não existe! - eu disse a ele, mas ele não queria aceitar.
- Eu existo sim. - ele respondeu, confiante.
- Não, você não existe.
- Eu existo sim.
- Você não existe! - gritei.
- Eu existo. - ele gritou.
- Não! Você não existe. - o tom de minha voz assustava.
- Sim, eu existo. - ele sussurrou, meio confuso. Seu rosto estava prestes a desmoronar.
Eu parei de falar, de gritar, de tentar fazê-lo entender.
Ele foi embora.
Um mês depois ele voltou. Colocou a cabeça para dentro do quarto e desapareceu quando eu o vi.
Eu o mandei entrar e ele ficou parado na porta me observando.
- O que você quer? - eu perguntei, mas ele não respondeu.
Continuei embaixo dos lençóis, me escondendo para ele não ver.
Ele puxou o lençol e o jogou contra a parede do outro lado do quarto. Eu me sentei na cama e vi seu rosto, sorrindo.
- Eu existo. - ele disse. - Sempre estive aqui, mas você não me via.
- Eu sei. - eu disse, me lembrando dos momentos em que senti que ele estava ali. - Você nunca vai sumir, não é?
- Não. Eu sempre vou existir. Pra você.
E eu acordei.

Existe ou não existe? No fundo, eu sempre soube que sim.

8 de abril de 2011

Vamos mudar!

Havia uma menina muito triste sentada na calçada em frente ao mar. Ela observava as ondas se movimentando calmamente, indo para trás e para frente, levando e trazendo sensações diferentes. O que ela sentia não fazia sentido. Ela não sabia o que era, como chegou e muito menos por que. Ela se sentia estranha e queria mudar, mas achava que não conseguia.
E então, ela decidiu se jogar no mar. Molhou as mãos nas águas salgadas e refrescou o rosto pálido. Abriu os braços e disse: - Que o vento leve tudo de ruim que há em mim! E ficou lá, observando, se molhando. De repente, estava se sentindo leve, livre e feliz. E naquele dia, naquele instante, decidiu viver de verdade. Ela podia fazer o que quisesse, sem se importar com nada. Ela não queria se importar. - Que aconteça o que tiver que acontecer! - ela disse. Não queria mais se prender a nada. Não queria mais pensar sobre nada. E as águas salgadas levou todo aquele passado ruim, tudo aquilo que ela não mais queria.
Seu olhar se prendeu em sua mente, procurando coisas boas que estavam perdidas por lá. Ela encontrou tudinho e guardou em outro lugar. Um lugar mais próximo do seu olhar. Para que ela possa encontrar toda vez que revirar sua mente.
E então, ela pretende voltar aquelas águas sempre, para que elas possas renová-la, levar as coisas ruins.
Não importa mais nada. Apenas a vida. Como vamos viver. Não podemos passar o tempo todo assim. Nós é que temos que mudar. Só depende de nós. Só depende de nós.

2 de abril de 2011

Eu quero controlar o tempo!

O tempo é a coisa mais confusa que eu já conheci. Mais confusa até do que aula de Física. Não entendo o tempo. Não sei como funciona. Mas, o tempo faz o que ele quer, quando quer e como quer.
Um dia, me disseram que o tempo cura tudo, que passa rápido e às vezes passa devagar. Eu queria poder controlá-lo. Queria fazer dele o que eu quisesse. Eu queria parar, avançar, voltar, como numa fita de video cassete ou num DVD. No fundo isso é difícil e muito, muito complicado.
Outro dia, vendo o filme "Click", onde um cara recebe um controle remoto que pode controlar sua vida, eu desejei ter um controle daqueles. Eu iria até o dia em que eu sorri pela primeira vez, e queria poder "ajustar" algumas coisas. Fiz tanta coisa de errado que eu nem me lembro mais ou não gosto de lembrar. Mas, eu queria voltar no tempo e fazer tudo de novo.
Mas, como todo filme tem uma lição no final, tive que mudar de ideia. Vendo o protagonista quase morrer no final e se arrepender de tudo o que fez com o controle, me fez perceber que talvez não seria tão legal assim. Ele passa tudo o que ele não quer viver, mas acaba perdendo muita coisa.
Eu realmente não entendo. Acho que tenho raiva do tempo.
No fundo, acho que o que temos é uma má impressão do tempo. Ele trabalha normalmente, e nós é que o culpamos. Nós é que temos que mudar e não o tempo.
Mas, ainda sim, o tempo é complicado.

8 de março de 2011

Houve um momento de angústia do qual ela sentiu seu coração parar. Uma sensação de desespero que ela não pôde controlar. E então foram horas de berros abafados pelas 4 paredes e águas inundando o corpo. E mesmo que ela juntasse os pedaços partidos, ela ainda poderia sentir a dor de antes.