- Você acredita no amor? – ele perguntou.
Meus olhos focavam no chão molhado e eu tentava fugir da pergunta.
- Você acredita? – perguntei.
Ele sorriu e demorou um pouco para responder.
- Sim. Por que não acredita? – ele disse.
- Como sabe que não acredito?
- Me respondeu com a mesma pergunta.
- Por que você acredita? – perguntei.
Ele me olhou ainda com o mesmo sorriso e mais uma vez demorou a responder. Fiquei confusa. Eu não acreditava no amor. Para mim era algo inexplicável. Ele havia dito que acreditava, mas por que ele acreditava no amor? Esse sentimento tão confuso... Talvez eu não acreditasse pelo fato de eu nunca ter sentido. Mas por que ele queria saber?
- Eu não sei. O amor é um sentimento complicado. A gente nunca sabe se está sentindo. Não conseguimos perceber. – ele respondeu.
- Você já sentiu? O amor?
- Eu acho que estou sentindo. Talvez seja amor à primeira vista. Por que você não acredita?
- Não sei. Acho que eu nunca senti. Não sei o que é. Não sei se estou sentindo agora. Como você disse é muito complicado. E além do mais eu acho tudo besteira.
- Besteira? Acho que você vai mudar de idéia quando sentir.
Ele me pareceu muito confiante. Isso me assustava um pouco. Fiquei curiosa para saber quem era a tal que ele achava que estava apaixonado. Provavelmente, era uma das garotas da cidade que andava atrás dele.
Fiquei confusa. Não sabia mais no que pensar. Depois daquela volta que demos, fui para casa sem conseguir tirar toda a aquela conversa confusa de minha mente. Naquele momento eu não sabia mais o que eu estava sentindo por ele. Seria amor à primeira vista? Mas de que adiantaria se ele estava apaixonado por outra?
Não sei se teria mente suficiente para escrever contoas assim. Por capítulos. Mais admiro quem os faz. Parabéns.
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